Questões da Prova VUNESP - 2016 - MPE-SP - Analista Técnico Científico - Engenheiro Industrial

as receitas são contabilizadas e liquidadas mediante transações em termos energéticos, de acordo com as Regras de Comercialização (RC) do Mercado de Energia Elétrica, formadas por um conjunto de regras matemáticas cujas formulações algébricas são regulamentadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

a contabilização da operação de sistemas elétricos de potência ocorre no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), na qual são registrados todos os contratos celebrados entre os agentes do setor, com informações de montantes de energia e período de vigência, e todos os valores de medições verificadas de geração e consumo.

a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realiza a contabilização das diferenças energéticas entre o que foi contratado com o que foi produzido e consumido, liquidando o resultado no Mercado de Longo Prazo.

as usinas produtoras obtêm receita no mercado brasileiro mediante a venda de geração ou de garantia física (GF), que representa o nível máximo de comprometimento comercial. O excedente de energia daquelas que geraram além de suas garantias físicas é comercializado livremente entre as concessionárias, de acordo com a oferta e a demanda de mercado.

as regras do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) têm como objetivo compartilhar o risco hidrológico entre todas as usinas participantes, baseando-se na troca compulsória do excedente de energia elétrica daquelas que geraram além de suas garantias físicas para as demais, ao valor tarifado pelo mercado.

As dificuldades para atender à carga de ponta nas regiões Sul e Sudeste vêm sendo superadas por meio do aumento do despacho hidrelétrico.

Esse cenário indica a importância de aperfeiçoamento do atual modelo regulatório brasileiro, pois a ausência de normatização adequada para comercializar serviços de reserva de potência não viabiliza mecanismos de incentivo em investimentos adicionais que permitiriam ampliar a capacidade instalada existente.

Dentre as medidas adotadas pelo ONS para contornar a insuficiência de Reserva de Potência Operativa (RPO) das regiões Sul e Sudeste, destaca-se, principalmente, a importação de energia, por exemplo, da Argentina.

No horizonte atual, a relação global entre oferta e demanda de energia no SIN não se apresenta balanceada.

O NOS tem mostrado que as condições de atendimento à demanda de ponta do SIN vêm se estabilizando, devido, principalmente, à expansão da oferta hidrelétrica com reservatório.

A complexidade no desenvolvimento de um modelo econômico de operação, por exemplo, de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), poderá considerar a análise de um histórico anual de vazões e preços de energia elétrica, para calcular uma regra operativa dos reservatórios da usina, cuja receita obtida seja a máxima possível, sempre considerando a participação da usina no Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).

No caso de desenvolvimento de um modelo econômico para um parque eólico, como não existe armazenamento de energia, não há controle do quanto produzir. Portanto, a geração eólica é uma variável aleatória sem controle, não tendo o que aperfeiçoar, a não ser melhorar a eficiência das máquinas.

Uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), ao contrário de uma usina hidrelétrica (devido ao seu porte), não se utiliza de um reservatório de acumulação para aumentar a vazão nos horários de pico, a fim de administrar a melhor decisão de defluências do reservatório que possibilitará a máxima receita ao longo de todo um período.

Dentre os fatores que poderiam contribuir para viabilizar economicamente um Sistema de Armazenamento de Energia (SAE), pode-se considerar a facilitação para a introdução de fontes renováveis de energia, em que o SAE poderia servir como estabilizador para a introdução da energia oriunda de fontes contínuas de suprimento, como a solar ou a eólica.

No estudo de viabilidade para geração de energia elétrica a partir da biomassa, o modelo deve considerar apenas a relação entre as áreas cultivadas, a análise de custos de produção, o transporte e a remuneração dos produtores rurais, além de comparações com outras alternativas energéticas.

o setor primário está entre os setores potencialmente viáveis à implantação de sistemas de cogeração, compreendendo segmentos, tais como mineração e pecuária, que apresentam requerimentos térmicos em menor escala, quando comparados ao setor industrial.

a cogeração com termoacumulação consiste em um sistema que acumula energia a alta temperatura durante os períodos de menor demanda, consequentemente consumindo recursos (energia) das concessionárias nas horas de menor tarifação, para que essa energia acumulada seja então utilizada em períodos de maior demanda, deslocando o pico de consumo de fontes externas de eletricidade para um período em que os custos são mais baixos.

no uso da biomassa para fins energéticos, o setor sucroalcooleiro tem sido pioneiro na utilização do bagaço de cana para a geração de energia elétrica por meio de cogeração, em que o poder calorífico da biomassa resultante da prensagem da cana, em princípio, propicia o uso de turbo-geradores acionados por uma linha elétrica, resultando na produção de energia elétrica durante o período da safra, exclusivamente para consumo próprio.

uma das principais dificuldades à implantação de sistemas de cogeração consiste em conciliar os perfis elétrico e térmico produzidos com as oscilações da demanda, fazendo-se necessária a interligação dos sistemas elétricos entre o autoprodutor e a empresa de distribuição de energia local, possibilitando, assim, a comercialização das faltas e dos excedentes elétricos, prática já consolidada em outros países.

na prática, a construção de termoelétricas deve sempre ser dedicada exclusivamente à produção de energia elétrica, a fim garantir a totalidade da eficiência energética.