Questões da Prova FCC - 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Edificações

Foram encontradas 15 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q629442 Português

Para responder a questão  considere o texto abaixo. 


Bem no fundo

no fundo, no fundo,

bem lá no fundo,

a gente gostaria

de ver nossos problemas

resolvidos por decreto


a partir desta data,

aquela mágoa sem remédio

é considerada nula

e sobre ela − silêncio perpétuo


extinto por lei todo o remorso,

maldito seja quem olhar pra trás,

lá pra trás não há nada,

e nada mais


mas problemas não se resolvem,

problemas têm família grande,

e aos domingos saem todos passear

o problema, sua senhora

e outros pequenos probleminhas. 


(LEMINSKI, Paulo. Poesia contemporânea. Instituto Cultural Itaú. São Paulo: ICI, 1997, p. 61. [Cadernos Poesia Brasileira; v. 4]) 

Preservando a relação de sentido, o segundo verso da última estrofe pode ser introduzido por:
Alternativas
Q629441 Português

Para responder a questão  considere o texto abaixo. 


Bem no fundo

no fundo, no fundo,

bem lá no fundo,

a gente gostaria

de ver nossos problemas

resolvidos por decreto


a partir desta data,

aquela mágoa sem remédio

é considerada nula

e sobre ela − silêncio perpétuo


extinto por lei todo o remorso,

maldito seja quem olhar pra trás,

lá pra trás não há nada,

e nada mais


mas problemas não se resolvem,

problemas têm família grande,

e aos domingos saem todos passear

o problema, sua senhora

e outros pequenos probleminhas. 


(LEMINSKI, Paulo. Poesia contemporânea. Instituto Cultural Itaú. São Paulo: ICI, 1997, p. 61. [Cadernos Poesia Brasileira; v. 4]) 

Para o poeta,
Alternativas
Q629440 Português
Está correta a redação da seguinte frase.
Alternativas
Q629439 Português
O sinal indicativo de crase está empregado corretamente em:
Alternativas
Q629438 Português
Para responder a questão considere o texto abaixo. 

Abraçando árvore 

     Não era uma felicidade eufórica, estava mais pra uma brisa de contentamento, como se eu bebesse vinho branco à beira-mar.
     Eu tinha acordado cedo naquela sexta − e acordar cedo sempre me predispõe à felicidade. O trabalho havia rendido bem e, antes do fim da manhã, já tinha acabado de escrever tudo o que me propusera para o dia. À uma, fui almoçar com o meu editor. Ele estava com alguns capítulos do meu livro novo desde dezembro e eu temia que não tivesse gostado. Gostou. Comemos um peixe na brasa − peixe e brasa também costumam me predispor à felicidade − e como era sexta-feira, e como somos amigos, e como comemorávamos essa pequena alegria que é uma parceria funcionar, brindamos com vinho branco − não à beira-mar, mas à beira do Cemitério da Consolação, que pode não ter a grandeza de um Atlântico, mas também tem lá os seus pacíficos encantos.
     Saí andando meio emocionado, meio sem rumo pela tarde ensolarada e quando vi estava em frente à paineira da Biblioteca Mario de Andrade. É uma árvore gigante, que provavelmente já estava ali antes do Mario de Andrade nascer, continuou ali depois de ele morrer e continuará ali depois que todos os 18 milhões de habitantes que hoje perambulam pela cidade de São Paulo estiverem abaixo de suas raízes. Talvez tenha sido o assombro com essa longevidade, talvez acordar cedo, talvez os elogios ao livro, e o vinho certamente colaborou: fato é que senti uma súbita vontade de abraçar aquela árvore.
     Acho importante deixar claro, inclemente leitor, que não sou do tipo que abraça árvore. Na verdade, sou do tipo que faz piada com quem abraça árvore. Se me contassem, até a última sexta, que algum amigo meu foi visto abraçando uma paineira na rua da Consolação eu diria, sem pestanejar: enlouqueceu. Mas...
    Olhei prum lado. Olhei pro outro. Tomei coragem e foi só sentir o rosto tocar o tronco para ouvir: “Antonio?!”. Era meu editor. Foram dois segundos de desespero durante os quais contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendicância, mas só dois segundos, pois meu inconsciente, consciente do perigo, me lançou a ideia salvadora. “Uma braçada”, disse eu, girando pra esquerda e envolvendo a árvore novamente, “duas braçadas e... três”. Então encarei, seguro, meu possível verdugo: “Três braçadas dá o quê? Uns cinco metros de perímetro? Tava medindo pra descrever, no livro. Tem uma parte mais no fim em que essa paineira é importante”.
     Colou. Nos despedimos. Ele foi embora prum lado, a minha felicidade pro outro e agora estou aqui, já noite alta desta sexta-feira, tentando enfiar a todo custo um tronco de quase dois metros de diâmetro num livro em que, até então, não havia nem uma samambaia.

(Adaptado de: PRATA, Antonio. Disponível em: www.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2016/01/1730364-abracando-arvore.shtml. Acesso em: 18.01.2016.) 

Foram dois segundos de desespero durante os quais contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendicância...


Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a forma resultante será: 

Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: E
4: B
5: B