Questões da Prova FUMARC - 2011 - BDMG - Analista de Desenvolvimento

Foram encontradas 12 questões

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Q172040 Português

TEXTO V

Contra a maré Cartunistas avaliam charge de João Montanaro, na Folha, que causou desconforto por retratar tsunami. João Montanaro já tinha decidido qual seria o tema da charge de sábado quando acordou na sexta-feira. Então, viu na televisão imagens de prédios se desfazendo em meio ao mar que avançava. “Não dava para fazer um desenho sobre política!”, diz.

Ao decidir retratar o tsunami, Montanaro lembrou-se da xilogravura de Katsushika Hokusai. Foi uma das opções que ele enviou à Folha para aprovação e publicação. “Fiquei surpreso com as críticas”, diz. “Acho que não entenderam a charge.”

Apesar da má recepção, inclusive na escola, o garoto diz estar seguro da escolha. “Fiz o certo, minha intenção não era fazer uma piada.”

O ilustrador Adão Iturrusgarai, que publica na Ilustrada, defende Montanaro. “É um desenho superimparcial. É inocente como o ilustrador, que é um jovenzinho”, diz. “De mau gosto foi a tragédia em si.” E completa: “O humor funciona por conta dessa contraonda, desse mau humor e da burrice dos críticos”.

Para o artista Allan Sieber, que também publica na Ilustrada, Montanaro “fez o trabalho dele e a escolha da ilustração valeu a pena”.

O pesquisador Gonçalo Junior, autor do livro “A Guerra dos Gibis” (Companhia das Letras), afirma que quem perdeu o bom senso, no caso da charge, foram os leitores que se manifestaram contra.

“Vivemos na era da chatice e do politicamente correto. É uma reação paranoica, o desenho retrata as mesmas coisas que todos esses vídeos que estão no YouTube.”

Exagerada ou não, a recepção da charge de Montanaro foi semelhante à vista na Malásia nesta semana.

O desenho de Mohamad Zohri Sukimi, publicado no jornal “Berita Harian”, mostrava o herói japonês Ultraman fugindo de uma onda . Uma petição on-line rodou o mundo. O jornal se retratou.

“Apesar de o desenho de Montanaro não ter me incomodado, consigo entender por que alguns leitores se sentiram desconfortáveis”, diz Sidney Gusman, editor chefe do site Universo HQ. “Fico imaginando como eu reagiria se tivesse perdido alguém nesse desastre.”

Outra razão apontada para a má recepção é o desconhecimento do desenho original. “Quando vi o rascunho, perguntei a ele se as pessoas não iriam se chocar”, diz Mario Sergio Barbosa, pai de Montanaro. “Mas eu não conhecia a referência dele.”

Há também a possibilidade de o leitor não estar acostumado ao gênero da charge. “As pessoas ligam a palavra “charge” a coisas alegres, mas a ideia é ser um convite ao pensamento”, diz o quadrinista Mauricio de Sousa.

O jornalista e professor de letras da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Paulo Ramos concorda. “Quem está acostumado entende melhor desenhos como o de Montanaro. Outros veem as charges como necessariamente uma piada e, por isso, se incomodam.”

Spacca, 46, que fez parte do rodízio de ilustradores da página A2 entre 1986 e 1995, diz: “Os cartunistas constroem uma imagem de irreverentes, de livres criadores, que podem fazer qualquer coisa.... Mas todo comunicador tem de antecipar a reação do público e medir o que vai causar. Nem tudo é permitido”.

Para Jal, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil, “é nesses momentos de tragédia que temos de fazer críticas”.

DIOGO BERCITO, de São Paulo (texto adaptado), 17/03/2011. 


Observe a charge abaixo, de Angeli.

Imagem 004.jpg

Um dos comentários presentes no texto V (página 5) referentes à charge de Montanaro pode ser também aplicado à charge acima, de Angeli. O profssional que faz esse comentário é:

Alternativas
Q172039 Português
TEXTO V

Contra a maré

Cartunistas avaliam charge de João Montanaro,
na Folha, que causou desconforto por retratar tsunami.


João Montanaro já tinha decidido qual seria o tema da
charge de sábado quando acordou na sexta-feira. Então,
viu na televisão imagens de prédios se desfazendo em
meio ao mar que avançava.
“Não dava para fazer um desenho sobre política!”, diz.

Ao decidir retratar o tsunami, Montanaro lembrou-se da
xilogravura de Katsushika Hokusai. Foi uma das opções
que ele enviou à Folha para aprovação e publicação.
“Fiquei surpreso com as críticas”, diz. “Acho que não
entenderam a charge.”

Apesar da má recepção, inclusive na escola, o garoto diz
estar seguro da escolha. “Fiz o certo, minha intenção não
era fazer uma piada.”

O ilustrador Adão Iturrusgarai, que publica na Ilustrada,
defende Montanaro.
“É um desenho superimparcial. É inocente como o
ilustrador, que é um jovenzinho”, diz. “De mau gosto foi a
tragédia em si.” E completa: “O humor funciona por conta
dessa contraonda, desse mau humor e da burrice dos
críticos”.

Para o artista Allan Sieber, que também publica na
Ilustrada, Montanaro “fez o trabalho dele e a escolha da
ilustração valeu a pena”.

O pesquisador Gonçalo Junior, autor do livro “A Guerra
dos Gibis” (Companhia das Letras), afrma que quem
perdeu o bom senso, no caso da charge, foram os leitores
que se manifestaram contra.

“Vivemos na era da chatice e do politicamente correto.
É uma reação paranoica, o desenho retrata as mesmas
coisas que todos esses vídeos que estão no YouTube.”

Exagerada ou não, a recepção da charge de Montanaro
foi semelhante à vista na Malásia nesta semana.

O desenho de Mohamad Zohri Sukimi, publicado no jornal
“Berita Harian”, mostrava o herói japonês Ultraman fugindo
de uma onda . Uma petição on-line rodou o mundo. O
jornal se retratou.
“Apesar de o desenho de Montanaro não ter me
incomodado, consigo entender por que alguns leitores
se sentiram desconfortáveis”, diz Sidney Gusman, editor-
chefe do site Universo HQ. “Fico imaginando como eu
reagiria se tivesse perdido alguém nesse desastre.”

Outra razão apontada para a má recepção é o
desconhecimento do desenho original.
“Quando vi o rascunho, perguntei a ele se as pessoas
não iriam se chocar”, diz Mario Sergio Barbosa, pai de
Montanaro. “Mas eu não conhecia a referência dele.”

Há também a possibilidade de o leitor não estar
acostumado ao gênero da charge.
“As pessoas ligam a palavra “charge” a coisas alegres,
mas a ideia é ser um convite ao pensamento”, diz o
quadrinista Mauricio de Sousa.

O jornalista e professor de letras da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo) Paulo Ramos concorda.
“Quem está acostumado entende melhor desenhos
como o de Montanaro. Outros veem as charges como
necessariamente uma piada e, por isso, se incomodam.”

Spacca, 46, que fez parte do rodízio de ilustradores
da página A2 entre 1986 e 1995, diz: “Os cartunistas
constroem uma imagem de irreverentes, de livres
criadores, que podem fazer qualquer coisa.... Mas todo
comunicador tem de antecipar a reação do público e
medir o que vai causar. Nem tudo é permitido”.

Para Jal, presidente da Associação dos Cartunistas do
Brasil, “é nesses momentos de tragédia que temos de
fazer críticas”.

DIOGO BERCITO, de São Paulo (texto adaptado), 17/03/2011.

Observando os quatro textos em análise, se pode afirmar que:
Alternativas
Q172037 Português
TEXTO III

Uma boa charge política não precisa de exegese, exatamente como uma boa piada dispensa explicação. Portanto as palavras do cartunista Laerte (painel do Leitor, 15/03) em defesa do colega João Montanaro, de 15 anos, só me convenceram de que a obra chocante talvez seja candidata a ser pendurada num museu qualquer ou numa galeria. Montanaro é menor de idade. Quem foi o maior de idade que o contratou para exercer uma função tão significativa no dia a dia de qualquer jornal que se preza e que respeita os seus leitores?

(Paula Mavienko-sikar, São Carlos, SP, in Painel do Leitor , 18/03/2011)

Sobre a composição do texto III, é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Q172036 Português
Sobre as relações entre os textos I e II, NÃO é possíve afirmar:
Alternativas
Q164667 Português
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Imagem 011.jpg

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da atmosfera. Afinal, para nós, dia de preservar a água é
todo dia.

Sobre os numerais presentes no trecho, que vem abaixo da frase destaque (ver o trecho em letra ampliada logo abaixo da peça publicitária), é possível afirmar que têm a função de:
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: C
4: D
5: B