Leia o excerto abaixo: “Todas as vezes que pedimos favores ...
O que você tem a ver com a corrupção?
Dann Toledo
Parágrafo 1 No dia 21 de abril de 2012, foi dado um minúsculo grande passo em direção à liberdade
política em nosso país. O Dia do Basta, como a mobilização foi denominada, levou às ruas
de todo o país milhares de pessoas. Em todos os estados da Federação, em diversas
cidades, o povo saiu às ruas. Caras foram pintadas, músicas foram entoadas, faixas
levantadas e assim foi dado um “peteleco” nas orelhas da nossa sociedade.
Parágrafo 2 Todavia, ainda não conseguimos alcançar a tão sonhada e utópica mudança em nosso
cenário político. Ao pensarmos em corrupção, normalmente pensamos em escândalos com
nossos legisladores e com os que ocupam os cargos executivos.
Parágrafo 3 Devemos levar em consideração que a corrupção, assim como a moralidade, começa
dentro de nosso próprio self. Somos seres políticos e sociais, com isso, é nosso dever
nos policiar em nossos pequenos atos para que assim possamos cobrar dos outros uma
mudança que dantes já tenhamos, no mínimo, começado a internalizar.
Parágrafo 4 Todas as vezes que pedimos favores de formas obscuras, mesmo que pensamos não haver
nada de mais nisso, estamos sim sendo corruptos. O nosso tão amado jeitinho brasileiro
nada mais é do que uma forma de burlarmos o sistema de regras e, com isso, nos tornarmos
aquilo que dizemos repudiar; corruptos.
Parágrafo 5 Uma campanha do Ministério Público, denominada “O que você tem a ver com a corrupção?”,
trata justamente sobre isso: como nossos atos mais simples e muitas vezes ditos inocentes
e normais podem ser atos corruptos. Pedir que o guarda de trânsito libere o carro numa blitz
mesmo estando irregular, levar um atestado médico no trabalho sem que realmente tenha
estado doente, falar para um colega assinar a lista de presença no colégio, faculdade ou
bater teu cartão no trabalho. Tudo isso nada mais é do que corrupção.
Parágrafo 6 Com tudo isso, se queremos realmente mudar o cenário de corrupção que toma conta do
Brasil, devemos primeiro começar por nós mesmos, pelas nossas casas, pelos nossos atos!
Disponível em:<http://psicologia-ro.blogspot.com.br/2012/04/o-que-voce-tem-ver-com-
corrupcao.html>
“Todas as vezes que pedimos favores de formas obscuras, mesmo que pensamos não haver nada de mais nisso, estamos sim sendo corruptos. O nosso tão amado jeitinho brasileiro nada mais é do que uma forma de burlarmos o sistema de regras e, com isso, nos tornarmos aquilo que dizemos repudiar; corruptos." (parágrafo 4)
Identifique as afirmativas corretas em relação ao excerto.
1. Há um erro de pontuação no excerto acima. O ponto e vírgula deve ser substituído pelos dois-pontos.
2. A palavra obscuras pode ser substituída por escuras, sem prejuízo de sentido.
3. Estão corretas as seguintes formas do verbo haver nos tempos futuro do pretérito, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do presente, respectivamente: haveria – houvesse – haverá.
4. As palavras as, nosso e nos exercem, respectivamente, as seguintes funções dentro das frases acima: preposição, pronome e pronome.
5. O excerto acima diz que os favores obscuros são uma maneira de adaptarmos o sistema de regras do jeitinho brasileiro sem sermos corruptos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.