Questões de Concurso Público TJ-MS 2017 para Analista Judiciário - Área Fim

Foram encontradas 5 questões

Q848487 Português

Leia o texto a seguir.


Overdose de demagogia


Um experimento científico clássico sintetiza bem o que a ciência sabe sobre dependência de drogas. Trata-se de uma pesquisa com camundongos publicada em 1981 pelo cientista canadense Bruce Alexander. Alexander sabia que experimentos anteriores tinham demonstrado o terrível potencial destrutivo de certas drogas – em alguns casos, os ratinhos, presos em jaulas com farta disponibilidade de opiáceos, chegavam a morrer de inanição, porque se drogavam a ponto de esquecer de comer.

Pois o canadense resolveu reproduzir essas pesquisas, mas mudando um detalhe: a jaula. Em vez de engaiolar as cobaias sozinhas num espaço ínfimo, sem nenhuma distração, ele construiu o que ficou conhecido como o Rat Park: uma área 200 vezes maior que as jaulas tradicionais, com rodinhas, túneis, cheiros, cores e 15 camundongos para interagir. Alexander descobriu que os ratinhos do Rat Park normalmente perdiam o interesse nas drogas e iam curtir a vida. Drogas são destrutivas. Mas só quando o usuário não tem motivação para largá-las. Algo que sirva de incentivo para viver.

Revista ÉPOCA. Paradoxos e contradições, 7/11/16, p. 60. (Excerto).


Os diferentes gêneros textuais apresentam combinações de sequências também diversas, de acordo com a função que exercem e seus contextos de circulação. O texto lido apresenta, considerando-se sua intencionalidade discursiva, predominância de

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Q848488 Português

O texto a seguir é o excerto de uma entrevista concedida pela antropóloga Lilia Schwarcz para a Revista da Cultura.


Lilia, uma antropóloga como você, que se debruça sobre a história intrincada do Brasil, se permite ter esperanças?


Muita! Não parece, mas o Brasil: Uma biografia é um livro muito esperançoso. A Heloisa [Starling] e eu sempre dissemos que é uma biografia, porque, como todo personagem, tem momentos que a gente gosta do Brasil, tem momentos que a gente não gosta. Tem momentos que a gente aposta e tem momentos que não aposta tanto. O que é interessante é que, quando nós estávamos terminando o livro, a gente sabia que as coisas estavam acontecendo. O livro é muito esperançoso, porque a gente diz aí: “Um novo capítulo da república vai começar”. E a gente diz: “A democracia vai muito bem, está muito forte, constituída, segura, saudável; a república é que vai mal”. E conversando com a Heloisa agora, tenho dito que a gente precisa escrever sobre a democracia, porque eu, particularmente, acho que ela não vai bem.

                                                                               Revista da Cultura. Entrevista, ed. 107, p. 26.


A leitura da resposta dada pela antropóloga permite inferir que 

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Q848490 Português
Os  períodos  a  seguir  estão  em  ordem  diferente  daquela  em  que  foram  colocados  no  texto  original,  disponível  em http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4925/n/aventuras_de_uma_cientista_portuguesa,  e  são  referência para a próxima questão.

( 1 ) O projeto, chamado Inpact, tem como objetivo o desenvolvimento pré-clínico de fármacos inovadores específicos para determinados tipos de câncer e bactérias patogênicas.

( 2 ) Como parte dessa colaboração, profissionais do ICH estão dando treinamento em divulgação científica a uma jovem pesquisadora portuguesa que veio ao Brasil para expandir seus conhecimentos.

( 3 ) Divulgar a ciência feita nas universidades e outros centros de pesquisa para a sociedade é uma tarefa fundamental para todo cientista.

( 4 ) Para isso, reúne conhecimento e tecnologias provenientes tanto de universidades como de empresas de vários setores, proporcionando um ambiente de cooperação muito propício à criação dos novos fármacos.

( 5 ) Por isso, o Instituto Ciência Hoje colocou toda a sua experiência nessa área à disposição de um projeto internacional que visa à criação de novos fármacos e reúne instituições de cinco países.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo, em que devem aparecer os períodos, a fim de formar um texto coeso e coerente. 

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Q848491 Português

Leia o texto a seguir.


É impossível distribuir


Quando distribuir torna-se uma questão social e deixa de ser um tema sociológico? Quando uma sociedade quebra porque não consegue distribuir com equidade coisa alguma? Ou melhor, por que a sua engenharia distributiva foi sempre farta e feita de favores, privilégios e presentes para particulares, esquecendo suas obrigações para com os bens e serviços universais? Como foi que chegamos a esse escandaloso modelo de distribuição no qual os ricos enriquecem os políticos e estes os ricos, e todos tornam-se bilionários capazes de comprar a própria competição e, por pouco, não compram o Brasil?

Disponível em: <https://oglobo.globo.com/opiniao/roberto-damatta/> . Acesso em: 2/8/17. (Excerto).


As palavras de uma língua podem ser empregadas em diferentes contextos e ser relacionadas a diversas informações. No texto lido, a palavra equidade pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por

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Q848494 Português

A música popular perdeu a centralidade que já ocupou na vida brasileira. Os acontecimentos políticos recentes, que vêm sacudindo o país desde as passeatas de 2013 (1), talvez possam testemunhar esse fenômeno. Eles não provocaram nenhuma reverberação musical, como se a música não tivesse sido requisitada (2) como força motriz, potência existencial capaz de lhes dar voz e ampliar seus sentidos. O que se ouve são alguns “gritos de guerra” (em geral bastante velhos e gastos), mas nada que se assemelhe a uma “dimensão musical” propriamente dita. Os acontecimentos históricos não parecem mais ligados a um imaginário musical com um consenso mínimo que seja.

Na hora de “defender a democracia” em praça pública, ou seja, defender uma espécie de bem comum, é Chico Buarque que continua a ser evocado – o que automaticamente reconecta a atualidade com o passado da luta pela democracia, transmitindo a sensação meio confusa (3) de que não há um “novo momento político” (4), mas a reencenação de antigas batalhas, com os personagens de sempre. Qual será, no futuro, a trilha sonora das imagens de manifestantes ocupando triunfalmente o Palácio do Planalto (5)? Racionais? Emicida? Arlindo Cruz? Los Hermanos? Coldplay? Chico Buarque, mais uma vez? A política parece aspirar a certos horizontes coletivos que a música popular não é mais capaz de alcançar.

Disponível em: <http://piaui.folha.uol.com.br/questoes-musicais/a-ausencia-de-uma-trilha-sonora/> . Acesso em: 14/08/17. 

De acordo com o último período do texto, é CORRETO inferir que
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Respostas
1: B
2: E
3: A
4: B
5: A