Questões de Concurso Público Prefeitura de Pirpirituba - PB 2020 para Agente Administrativo

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Q1381626 Português
A falência da globalização (João Fernandes Teixeira).

  A indústria 4.0 está chegando, um fato celebrado pelos entusiastas das novas tecnologias. Grandes mudanças estão previstas, sobretudo pelo emprego de inteligência artificial na produção industrial que levará, também, a uma grande reconfiguração tecnológica do trabalho. Mas, deixando de lado o discurso entusiasmado, o que está realmente acontecendo? 
   Com a indústria 4.0 haverá uma grande racionalização e otimização da produção para que os desperdícios de material e de mão de obra se tornem mínimos. A produção e o consumo precisam ser rigorosamente ajustados e, para isso, contamos agora técnicas de Big Data. Estamos em outros tempos, nos quais temos a percepção da escassez de recursos naturais e da necessidade premente de reciclar tudo o que for possível. Se quisermos que a economia continue funcionando, não podemos mais esbanjar. A economia se desenvolve na contramão da natureza.
   A lição que estamos aprendendo é que gerar energia limpa e conter as emissões de dióxido de carbono não são apenas obrigações ecológicas e morais em relação ao nosso planeta, mas um imperativo econômico, que exige que a indústria se coloque em novo patamar de produtividade para sobreviver. A indústria 4.0 não levará à expansão da economia, mas apenas evitará que ela encolha. Não podemos mais manter os mesmos padrões de consumo, que estão danificando de forma irreversível o nosso planeta.
   Esses danos não se restringem apenas ao aquecimento global, que passou a ser chamado de mudança climática. [...]
   Desde que se estabeleceu uma correlação entre o aumento das temperaturas médias no planeta e a industrialização, iniciada no século XVIII, o aquecimento global passou a ser o vilão da história da humanidade. Diminuir o uso de combustíveis passou a ser a grande bandeira dos ecologistas.[...] 
   Contudo, o aquecimento global não é o único desafio. Mesmo que sua origem possa ser contestada, desvinculando-a da queima de combustíveis fósseis, nossa indústria agride o planeta de forma irreparável.
   Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única solução está sendo desacelerar a economia. Essa desaceleração, na contramão do aumento da produção planetária, está tendo custos sociais dolorosos. Combinada com a automação, grande projeto da indústria 4.0, ela gera um desemprego crescente, para o qual não se vislumbra uma solução nas próximas décadas.
   Mas há algo ainda mais importante que está surgindo dessa desaceleração: a percepção de que a globalização se tornou um projeto inviável. Não será mais possível estender os padrões de produção e consumo para todos os países do planeta, pois isso aceleraria sua destruição de forma drástica. O globalismo ocidental está refluindo e, como consequência, voltam a surgir os nacionalismos exacerbados.
[...] Fonte: (Revista Filosofia – Ano III, no 150 – www.portalespaçodosaber.com.br). 
Analise os tópicos temáticos abaixo relacionados, de modo a avaliar se equivalem ao conteúdo desenvolvido nos parágrafos 1, 2 e 3 do texto. Para tanto, assinale (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) Mudanças na configuração do trabalho em virtude da inovação tecnológica e da inserção da inteligência artificial na produção industrial. ( ) Os benefícios da indústria 4.0 e a necessidade de controle da produção e consumo para manter o equilíbrio da economia. ( ) Negação de que a preocupação com o planeta resulta da conscientização quanto ao dever ecológico e moral de preservá-lo.
A sequência que responde CORRETAMENTE é:
Alternativas
Q1381630 Português
A falência da globalização (João Fernandes Teixeira).

  A indústria 4.0 está chegando, um fato celebrado pelos entusiastas das novas tecnologias. Grandes mudanças estão previstas, sobretudo pelo emprego de inteligência artificial na produção industrial que levará, também, a uma grande reconfiguração tecnológica do trabalho. Mas, deixando de lado o discurso entusiasmado, o que está realmente acontecendo? 
   Com a indústria 4.0 haverá uma grande racionalização e otimização da produção para que os desperdícios de material e de mão de obra se tornem mínimos. A produção e o consumo precisam ser rigorosamente ajustados e, para isso, contamos agora técnicas de Big Data. Estamos em outros tempos, nos quais temos a percepção da escassez de recursos naturais e da necessidade premente de reciclar tudo o que for possível. Se quisermos que a economia continue funcionando, não podemos mais esbanjar. A economia se desenvolve na contramão da natureza.
   A lição que estamos aprendendo é que gerar energia limpa e conter as emissões de dióxido de carbono não são apenas obrigações ecológicas e morais em relação ao nosso planeta, mas um imperativo econômico, que exige que a indústria se coloque em novo patamar de produtividade para sobreviver. A indústria 4.0 não levará à expansão da economia, mas apenas evitará que ela encolha. Não podemos mais manter os mesmos padrões de consumo, que estão danificando de forma irreversível o nosso planeta.
   Esses danos não se restringem apenas ao aquecimento global, que passou a ser chamado de mudança climática. [...]
   Desde que se estabeleceu uma correlação entre o aumento das temperaturas médias no planeta e a industrialização, iniciada no século XVIII, o aquecimento global passou a ser o vilão da história da humanidade. Diminuir o uso de combustíveis passou a ser a grande bandeira dos ecologistas.[...] 
   Contudo, o aquecimento global não é o único desafio. Mesmo que sua origem possa ser contestada, desvinculando-a da queima de combustíveis fósseis, nossa indústria agride o planeta de forma irreparável.
   Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única solução está sendo desacelerar a economia. Essa desaceleração, na contramão do aumento da produção planetária, está tendo custos sociais dolorosos. Combinada com a automação, grande projeto da indústria 4.0, ela gera um desemprego crescente, para o qual não se vislumbra uma solução nas próximas décadas.
   Mas há algo ainda mais importante que está surgindo dessa desaceleração: a percepção de que a globalização se tornou um projeto inviável. Não será mais possível estender os padrões de produção e consumo para todos os países do planeta, pois isso aceleraria sua destruição de forma drástica. O globalismo ocidental está refluindo e, como consequência, voltam a surgir os nacionalismos exacerbados.
[...] Fonte: (Revista Filosofia – Ano III, no 150 – www.portalespaçodosaber.com.br). 
As locuções verbais em destaque nas sentenças abaixo elencadas exibem diferentes verbos auxiliares, que ajudam na compreensão do modo como os estados, processos ou ações se desenvolvem no tempo. Considerando o tipo de verbo auxiliar presente nessas construções, estabeleça a associação com o sentido que ele denota com mais precisão.
1. Se quisermos que a economia continue funcionando, não podemos mais esbanjar. 2. Esses danos não se restringem apenas ao aquecimento global, que passou a ser chamado de mudança climática. 3. Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única solução está sendo desacelerar a economia. 4. O globalismo ocidental está refluindo e, como consequência, voltam a surgir os nacionalismos exacerbados.
( ) Mudança de ação. ( ) Permanência de ação. ( ) Repetição de ação. ( ) Desenvolvimento gradual da ação.
A sequência CORRETA de associação é:
Alternativas
Q1381634 Português
Segue abaixo um fragmento textual, extraído da entrevista “Ainda podemos evitar que ocorra o pior” (Veja, 18/09/19).
“É ilusão pensarque o serhumano evolui sempre rumo à razão?
Não existe uma lei capaz de garantir que o processo histórico leve sempre ao progresso. A revolução da agricultura, por exemplo, produziu grandes avanços na vida de reis e aristocratas, mas, a princípio, a vida das pessoas em geral piorou. Os primeiros agricultores tinham de trabalhar mais duro que seus antepassados caçadores-coletores, comiam pior do que eles e sofriam mais doenças infecciosas, com a maior iniquidade social e repressão política. Para a maioria das pessoas, a invenção da agricultura não foi um momento que trouxe progresso. Da mesma forma, nas próximas décadas nós desenvolveremos novas tecnologias poderosas, como a inteligência artificial. Mas, se não formos cuidadosos, essa força poderá beneficiar somente uma pequena elite, em detrimento da maioria das pessoas. A inteligência artificial deverá ceifar o emprego de centenas de milhões e dar origem a uma nova classe de 'inúteis'. Muita gente provavelmente perderá a sua utilidade econômica e sua força política. Ao mesmo tempo, inéditas ferramentas de vigilância poderão nos levar a uma era de ditaduras digitais, em que os governos monitorarão a todos o tempo todo”. (Veja, 23/09/2019).
Da resposta do entrevistado, o filósofo e historiador Yuval Noah Harari, depreende-se que ele se mostra.
I- Contrário à evolução tecnológica, pois destaca os aspectos negativos seja na referência ao passado, tratando das mudanças ocorridas quando da revolução na agricultura, seja na referência à possibilidade de muita gente ficar desempregada com a inserção da inteligência artificial, nas próximas décadas. II- Cauteloso em relação à aceitação das novas tecnologias, pois as inovações podem favorecer uma minoria, daí a necessidade de buscar meios de garantir que as mudanças contribuam para o progresso da humanidade. III- Favorável às mudanças, sem se deixar iludir em relação a propósitos obscuros, já que as inovações podem ser usadas para beneficiar as pessoas, mas também podem ter implicações negativas. IV- Descrente quanto ao progresso, uma vez que os avanços beneficiam uma pequena elite, como demonstrado em relação aos avanços na agricultura em tempos remotos.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q1381637 Português
Feita a leitura dos fragmentos textuais (I) e (II) abaixo expostos, extraídos da reportagem “CORTAR, CORTAR E CORTAR (Veja, 18/09/19), responda à questão, respectivamente.

Fragmento I 

“O descalabro das contas públicas, devido a uma máquina inchada e cara, que falha em entregar serviços adequados para a população em áreas cruciais, exige que o país faça com urgência uma reforma administrativa. E um dos caminhos é reduzir drasticamente os gastos com pessoal, que consomem mais de 13% do PIB anualmente e custará cerca de 325 bilhões de reais neste ano. Torna-se urgente modificar as regras do funcionalismo, a fim de impedir que o colapso fiscal mantenha a escalada de crescimento. Essa pauta incontornável está na mira do congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já diagnosticou que, sem a mudança das regras para o funcionalismo, de nada adiantará se empenhar numa reforma que mexe nos tributos. Sem diminuir o tamanho do Estado, acredita Maia, não se reduz a carga tributária. No momento, a equipe econômica trabalha nos bastidores em uma proposta [...]” 

Fragmento II

“Para chegar a um modelo eficaz, o Executivo estuda sistemas adotados em países desenvolvidos, como o da Holanda, onde o servidor pode ser demitido em caso de performance abaixo do esperado, ou o da Inglaterra, país que pune afastamentos médicos frequentes. Além de experiências estrangeiras, o governo avalia estudos do setor privado e de organizações civis que têm se mobilizado para combater os gastos, que crescem acima da inflação, e a escalada de contratações”.

Avalie com (V) as verdadeiras e (F) as falsas as proposições a seguir, que versam sobre os recursos linguísticos empregados pelo autor.
( ) Em: “devido a uma máquina inchada e cara”, tem-se a expressão de uma causa dos descalabros das contas públicas. ( ) Em: “E um dos caminhos é reduzir drasticamente os gastos com pessoal”, o advérbio de modo serve também para sinalizar a opinião do autor do texto, ao enfatizar o tamanho da redução.
( ) Em: “os gastos com pessoal, que consomem mais de 13% do PIB anualmente”, o pronome relativo tem como referente o termo “pessoal”. ( ) Em: “Sem diminuir o tamanho do Estado, não se reduz a carga tributária”, a oração adverbial introduzida pelo “sem” é concessiva, corresponde a “embora diminua o tamanho do Estado, não se reduz a carga tributária.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:
Alternativas
Respostas
1: D
2: B
3: D
4: E